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In August 2018 I left my stable life in London, UK and joined my boyfriend Kleanthis who was waiting for me in Las Palmas de Gran Canaria for nine months. I was about to change my life radically and it would be an adventure indeed, but unexpectedly it also brought some struggles together. I did not measure my enthusiasm having in mind the seasickness that awaited me, although it wasn’t the first time I would sail in my life, neither had the knowledge that I wouldn’t be able to read the books I filled my handbag with because I would feel dizzy when trying to read, even to the smooth movement of the boat.

Before flying to where would be the beginning of my new life, I decided to spend some time visiting friends and family in Portugal and France, knowing that it would take some time to see them again once I started sailing oceans. During this period I was truly excited not only for sailing, but as well for being daily with my lover and share our life together in such an extraordinary way of living. I believed that it would be a way of truly knowing each other by sharing some time together isolated at the sea, (not that I was jumping with happiness by the idea of spending so much time traveling isolated at sea, with big waves shaking the boat like one shakes maracas and we inside, are the seeds) in my mind it could create an even deeper bond in our relationship (I recommend and subscribe below this way of living to test a new relationship in the level of compatibility, infallible).

Going to live under a lower level of stress was as well one of the reasons of my happiness, having in mind that during the two years and a half in the City of London, the moments of distress were more often than I expected. I am an incurable nature lover, so for me, crowded cities have never been enjoyable places to live and you might be wondering what made me go there then? Well, work did (it is a classic one, I know). Because of the lack of opportunities and job offers in Portuga,l where I was previously living, I found myself forced to move out to somewhere with a higher offer of opportunities, therefore London was it. I decided to try it for a short time to make and save some money, but ended up staying a bit longer than I planned in a place I wasn’t enjoying my life, however, I understood that sometimes we need to make some sacrifices in order to reach forward. Although I wasn’t happy during those years I don’t regret them at all, I wouldn’t go back in time, even if I could, because I didn’t only reach my goal, but I also developed myself personally and professionally, furthermore, it made me stronger and opened my horizons, an experience that provided useful tools to live my new lifestyle. In the end I have a lot of reasons to be grateful for the time I spent in London, one of them is making my trip economically possible. I saved what I thought it would be the enough to sail for a year, which ended up lasting only half of that time, but still, it made it possible.

After having seen all my close friends and family I was finally ready for what would be a bipolar lifestyle, where “laughing as much as crying” would start being frequent.

Português


Precisamente antes do começo


Em Agosto de2018 deixei a minha estável vida em Londres, Reino Unido e juntei-me ao meu namorado Kleanthis que me esperava há nove meses em Las Palmas de Gran Canaria. Eu estava para mudar a minha vida radicalmente e com certeza seria uma aventura mas a mudança também trouxe consigo pequenos problemas inesperados. No auge do meu entusiasmo não tive em conta os enjôos no mar que me aguardavam, apesar de que não seria a primeira vez que andaria de barco e, também desconhecia o facto de que não me seria possível ler os meus adorados livros que enchiam a minha mala de mão, pois me sentiria zonza só de mirar uma página, mesmo com o mais suave balançar do barco.
Antes de aterrar onde seria o início da minha nova vida, decidi dedicar algum tempo para visitas a amigos e familiares em Portugal e França, sabendo que levaria tempo para voltar a vê-los depois de que começasse a navegar por oceanos fora. Durante este período encontrava-me bastante empolgada não só com a ideia de navegar mas também por finalmente estar diariamente com o meu amante e partilhar a nossa vida conjunta numa forma tão extraordinária de viver. Acreditava que seria uma forma de nos conhecermos verdadeiramente, partilhando algum tempo isolados no mar, (não que eu tivesse a dar pulos de alegria com a ideia de passar tanto tempo viajando isoladamente no mar, com ondas consideráveis agitando o barco como quem agita maracas e nós dentro, somos as sementes) na minha ideia podia criar um laço ainda mais forte no nosso relacionamento (recomendo e assino por baixo essa forma de viver para testar um novo relacionamento a nível de compatibilidade, infalível).
O facto de vir a viver em ambientes com níveis de stress muito menor também contribuiu para a minha alegria, tendo em conta de que durante os dois anos e meio em que vivi na cidade de Londres, os momentos de angústia eram mais frequentes do que eu esperava. Eu sou uma incurável amante da natureza, então para mim, cidades muito movimentadas nunca foram locais agradáveis para viver, e vocês devem estar a perguntar-se o que me fez lá ir então? Bem, trabalho me fez lá ir (é clássico, eu sei). Devido à falta de oportunidades e ofertas de trabalho em Portugal, onde vivi anteriormente, vi-me obrigada a ir para fora numa tentiva de encontrar melhores oportunidades, por isso Londres foi a escolha feita. Decidi experimentar por um curto período de tempo para trabalhar e juntar dinheiro mas acabei por tardar mais do que planeei, num sítio em que não era feliz, num entanto, estava consciente de que por vezes temos de fazer sacrifícios para dar os passos de que necessitamos na vida. Apesar da minha desventura, de nada me arrependo e não voltaria atrás no tempo se pudesse, pois não só atingi os meus objetivos como cresci pessoalmente e profissionalmente, além disso fez-me mais capaz abrindo os meus horizontes, uma experiência que me deu habilidades úteis para o meu novo estilo de vida. No fim noto que apesar de tudo tenho muitas razões pelas quais sou grata pelo tempo despendido em Londres, uma delas, por ter feito a minha jornada economicamente possível. Eu juntei o que pensei ser o suficiente para cobrir um ano de despesas enquanto navegásse, o que cobriu apenas metade desse tempo estipulado, mas ainda assim a fez possível.
Depois de ter estado com todos os meus amigos e familiares próximos, eu estava finalmente preparada para o que viria a ser um estilo de vida bipolar, onde “rir tanto quanto chorar” começa a ser frequente.

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